Foto:
Pedro Silva
“Ladeira Acima”

Caracterizadas por um forte sentimento religioso, as populações construíam ermidas, (locais de oração) por onde se fixavam, Santa Bárbara não foi exceção.
Assim sendo, no local da atual igreja construíram uma pequena ermida, data que remonta ao século XVI, sendo Santa Bárbara, a santa escolhida pelos pastores para protegê-los aquando do mau tempo, tempestades e trovoadas que se fazia sentir. Santa Bárbara é hoje em dia lembrada por esse motivo. “Ninguém se lembra de Santa Bárbara senão quando faz trovões”.
Ao longo do tempo, a ermida foi se degradando acabando completamente danificada em 1848 devido a um sismo. Em 1879 (data da atual fachada da igreja) foi reconstruída e ampliada.

Foto:
José Cabral
“Dia de Festa”

Apesar da sua existência, o serviço religioso da população de Santa Bárbara era feito em Santo António, o que acabou por gerar um movimento de revolta no povo dando origem a um novo curato.
Todavia, só em 1912 é que foram autorizados os casamentos e que a igreja passou a ter pias batismais, alcançando assim a independência religiosa.
Em 1986, Santa Bárbara deixa de ser um lugar de Santo António e passa a ser freguesia: A FREGUESIA DE SANTA BÁRBARA.

Em Santa Bárbara viveu António José Machado, conhecido como “Visconde de Santa Bárbara”. O seu percurso profissional foi interessante e ativo, pois assumiu um papel de relevo na política, progrediu nos negócios e foi distinguido com a comenda da Ordem de Cristo.
No seguimento de uma visita do Rei D. Carlos aos Açores, em 1901, António José Machado recebeu o título de “Visconde de Santa Bárbara”, por ter comprado muitos terrenos naquela freguesia, tornando-se o grande proprietário de terras em Santa Bárbara.
Os seus sucessores continuaram a ser proprietários de muitas terras. Deste modo, a família do visconde desenvolveu também negócios na freguesia como a moagem, o arrendamento de terras e a construção inacabada de um moinho de vento.

O desenvolvimento económico da freguesia é predominantemente rural. Num passado recente, a principal fonte de riqueza era a agricultura. As terras eram cultivadas com batata, beterraba, batata-doce, feijão, trigo e milho, constituindo essencialmente uma economia de subsistência. Salienta-se, a cultura do milho que atingiu grande representatividade económica, existindo na altura duas moagens e um moinho de vento, embora inacabado. Ainda hoje, encontra-se o moinho em ruínas, uma das moagens já não existe e a outra encontra-se encerrada.
Mais importante, atualmente na freguesia é a agropecuária.

Foto:
Aquiles José Preto
Mãos Sábias

Antigamente, Santa Bárbara e ainda nos dias de hoje, é uma terra de artesãos, de gente com arte e habilidade. Muitos são os trabalhos possíveis de encontrar, desde bordados, rendas, trabalhos feitos com tecidos e lã, trabalhos com escama de peixe e motivos marinhos, trabalhos em estanho, pintura, trabalhos feitos em madeira e os afamados trabalhos feitos em folha de milho, designadamente os capachos.

Santa Bárbara é uma freguesia conhecida pela qualidade da comida típica que oferece aos visitantes através do restaurante local Cavalo Branco. Tal como a arte de fazer um bom e diversificado artesanato, também a gastronomia é uma arte e habilidade das gentes de Santa Bárbara.

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