Foto: António Carvalho – Capelas

Gaspar Frutuoso no livro Saudades da Terra faz referência a “ (…) um dia de São João fizeram uns homens ali umas capelas , deixando-as por esquecimento dependuradas em uma árvore ; (…) outros dizem com mais verdade chamarem estas terras Capelas, porque antigamente eram criações de gado vacum e miúdo; (…) depois de ter feito seu serviço com eles; antre o qual gado iam lá muitas vezes e mandavam seus donos (a que não soube o nome) duas vacas toucadas ou pintadas de branco pela cabeça, pelo que que lhe chamavam as capelas por assim parecerem com aquela malha branca que na cabeça tinham, denominado, pela beta branca da parte, (…) ficou ao sítio, onde andavam, Capelas por nome.”
Os irmãos Bullar com a vinda à ilha de São Miguel, referenciada no livro Um Inverno nos Açores e um verão no vale das Furnas, relatam a sua teoria relativa à denominação das “Capelas” : (…) rochedos que se estendem pelo mar, e cujas formas caprichosas, moldadas pela acção das ondas e do tempo, lhes deram remota semelhança com capelas ou ermidas. (…).” Estas grutas ou “capelas” situam-se na parte detrás do Morro.
Rezam lendas antigas que essas “Capelas” terão servido de esconderijo a um tesouro de piratas que contrabandeavam ao longo da costa.

Segundo alguns dados históricos, a Vila das Capelas foi povoada no século XVI. Esta foi elevada a vila, por decreto publicado no Diário do Governo de 10 de Julho de 1839, e a concelho em 1840. O concelho das Capelas era constituído pelas seguintes freguesias: Bretanha, Capelas, Fenais da Luz, Santo António e São Vicente Ferreira. Porém, a falta de recursos sócio-económicos para suster a categoria de concelho levou à retirada desta categoria em 1853, mantendo o seu título de vila.

A cultura da laranja manteve uma boa produção até à década de 70 do século XIX. Contudo, a crise da década de 70 afetou o setor dos pomares de laranjeiras que foram atingidas por uma doença. O aumento das famílias numerosas levou, por sua vez à partilha de terra até ao ponto em que as explorações agrícolas deixaram d e ter rendibilidade se atingido limite de possibilidade de partilha da terra. Na vila das Capelas, o Barão da Fonte Bela Amâncio, produtor e senhorio de pomares de laranjas, explorava diretamente ou por rendeiros algumas extensas unidades. Existem alguns registos de colheitas excecionais na zona das Capelas e registos relativos a pequenos moradores de freguesias vizinhas, que tinham nas Capelas pequenos pomares. No entanto, a cultura da laranja entrou em declínio, ganhando dimensão outras produções nesta região, tais como o milho e o tabaco, entre outras. O legado do período da economia da laranja foram os solares, como o Solar do Conde, entre outras.

Foto:
Hélder Freitas
“Baleeiros Sem Arpão”

A baleação açoriana teve início em meados do século XVIII e recebeu influências através de conhecimentos adquiridos da baleação americana. Esta atividade evolui até à década de 70/80 do século XX, nas variadas ilhas dos Açores. Segundo o livro de Albano Cymbron, A Fase Industrial da Baleação Micaelense (1936-1970), em 1936 foram realizadas algumas reuniões com as três baleeiras da ilha de São Miguel, uma da região da Bretanha (Viveiros e Companhia, Lda.) e outras duas das Capelas (Armação Baleeira Espírito Santo, Lda. e Herdeiros Manuel da Mota Soares). O seu objetivo era construir uma fábrica onde se fizesse a transformação dos cachalotes em moldes modernos. Deste modo, procedeu-se à construção de uma fábrica nos Poços de São Vicente Ferreira. Em 1937, agregaram todas as armações formando a União das Armações Baleeiras.

Foto:
Benjamim Vieira
“Sinais do Passado”

No lugar do calhau miúdo, instalaram-se as primeiras e rudimentares fábricas artesanais. Antes da fábrica que foi construída nos Poços, todo o processo da caça se desenvolvia nas Capelas. Após a caça, isto é, quando os cachalotes eram arpoados e mortos, estes eram esquartejados na baía rochosa do calhau miúdo e posteriormente colocados nos caldeiros para derreter, de modo a obter o óleo que servia para a iluminação de cidades e casas, o fabrico de velas, detergentes e lubrificantes. A fábrica das Capelas era composta por diversos equipamentos, tais como: guinchos, plataformas, caldeiros, motores, autoclaves, moinhos, espremedores, secadouros, etc. A caça à baleia que se desenvolvia nas Capelas era apoiada por uma vasta rede de vigias ao longo da costa, nomeadamente na Ajuda da Bretanha, João Bom, Capelas, Santo António, entre outros. A caça à baleia atingiu o seu auge na década de 40, devido à II Guerra Mundial que fez com que o óleo da baleia açoriano tivesse uma maior procura e lucro. A caça à baleia nos Açores termina na década de 70 do século XX. No passado constituiu uma fonte de rendimento para muitas famílias açorianas. A atividade baleeira é sem dúvida, um marco na história e na cultura açoriana. Atualmente, é a atividade turística denominada de whalewatching, ou seja, a observação de cetáceos, que protege e valoriza este animal, sendo já os Açores um dos melhores destinos do mundo para a prática desta atividade.

Foto:
Paulino Pavão
“Morro”

O morro das capelas e o porto de pescas integram o Parque Natural de São Miguel, classificados como “área protegida de gestão de recursos do Porto das Capelas – Ponta das Calhetas”. A Área Protegida de Gestão de Recursos do Porto das Capelas – Ponta das Calhetas perfaz uma área de 1499ha, inclui áreas de interesse geológico (morro da capelas) e de interesse natural para o desenvolvimento de habitats particulares para espécies de fauna e flora. O morro das Capelas corresponde a um cone de tufos, formado na sequência de uma erupção freato-magmática muito explosiva e constitui uma importante área para a nidificação de aves marinhas, nomeadamente o cagarro (calonectris diomedia borealis) e pintainho (puffinnus assimilis). Estes recursos que pertencem à vila das Capelas constituem pontos de interesse turístico, pela beleza paisagística e qualidade ambiental que possuem.

Quinta do Norte

Atualmente, as antigas instalações da Casa do Gaiato pertencem à Quinta do Norte, que pretende, num futuro próximo, oferecer um conjunto de atividades com fins pedagógicos e turísticos. A Quinta do Norte está a desenvolver diversos projetos no âmbito turístico, apostando na natureza e cultura locais. Pretende-se desenvolver produtos e serviços turísticos, como birdwatching (observação de aves) e observação de fauna e flora dos Açores, realizar itinerários turísticos e pedagógicos. Para além das potencialidades conhecidas a nível paisagístico, a Quinta do Norte terá uma componente cultural a promover, através da organização de eventos, de recriações históricas, rurais e temáticas, bem como de um espaço destinado às artes, nomeadamente a dança e o teatro, entre outros eventos culturais.

Café Canto do Cais
 Rua de São Pedro nº3
914 785 292
cafecantodocais@hotmail.com
 https://www.facebook.com/CANTODOCAIS/

Restaurante O Emigrante
 Largo do Rossio nº 24, 9240-113 Ponta Delgada
 296 298 847

Restaurante Solar do Conde
 Rua do Rosario nº 36, 9545-142 Ponta Delgada
 296 298 887

Restaurante Moby Dick
 Rua do Navio nº 22, 9545-140 Ponta Delgada
 296 989 099

Restaurante Sabores do Velho
 Rua da Praça nº 14, 9545-125 Ponta Delgada
 914 229 699
 saboresdovelho@sapo.pt
 https://www.facebook.com/pg/saboresdovelho

Pastelaria Senhora do Pão
 Largo do Rossio
 296 989 063
Doce Boutique
 Estrada Regional nº 43A
 912 489 413
doce.boutique.diana@gmail.com
 https://www.facebook.com/doce.bout

Bar dos Poços
 Rua do Sertão nº 100
 296 911 589
pocosbar@hotmail.com
 https://www.facebook.com/barpocos/

Hotel Solar do Conde
Rua do Rosário nº 36, 9545-142 Ponta Delgada
296 298 887/8
 296 298 623
reservas@solardocondehotel.com
 http://www.solardoconde.com

Hotel Vale do Navio
Rua do Navio nº 47, 9545-140 Ponta Delgada
296 980 090
296 980 092
geral@hotelvaledonavio.com
http://hotelvaledonavio.com

Bungalows Vila Emigrante
Largo do Rossio nº 24, 9545-116 Ponta Delgada
296 298 847 
918 239 169
o_emigrante@live.com.pt
http://www.vilaemigrante.com

Unidade de Saúde de Capelas
Rua N. Sra. Apresentação, 9545 – 149 Ponta Delgada
296 298 667
sras-cspd@azores.gov.pt

PSP – Esquadra das Capelas
Rua da Praça nº1, 9545-124 Ponta Delgada
296 989 742

Loja RIAC – Posto de Atendimento ao Cidadão
Edifício Polivalente das Capelas – Rua Nossa Senhora da Apresentação nº 3, 9545-149 Ponta Delgada
800 500 501

Clínica Dentária Dentbom
Rua do Navio nº 47, 9545-140 Ponta Delgada
296 298 910
918 676 565
clinidentbom@hotmail.com
http://www.clinicadentbom.com

Farmácia Vasconcelos Raposo
Rua do Rossio nº1, 9545-116 Ponta Delgada
296 298 411
296 298 086
clinidentbom@hotmail.com
http://farmaciavasconcelosraposo.pt

PharmAzora
Rua da Praça nº 12, 9545-125 Ponta Delgada
296 989 108
geral@pharmazora.pt
 https://www.facebook.com/PharmAzora-1403440529956348

Rent-a-car Easy Ride
Rua do Navio nº 47, 9545-140 Ponta Delgada
296 980 090
296 980 092
reservas@easyride.com
 http://www.easyride.com

Taxis – Capelas
Rua Doutor Hermano Medeiros Câmara nº4, 9545-146 Ponta Delgada
296 298 310

Mini-Mercado Super Poupança
Rua da Praça nº 14, 9545-125 Ponta Delgada
296 098 874
 https://www.facebook.com/superpoupanca

Mini-Mercado Casa Cheia
Rua dos Vinháticos nº 15, 9545-145 Ponta Delgada
296 989 674
 http://www.casacheiaonline.com/