FREGUESIA: Ajuda da Bretanha
CONCELHO: Ponta Delgada
ÁREA: 7,1Km²
POPULAÇÃO: 661 habitantes (Censos 2011)
De acordo com alguns registos históricos, na antiga freguesia da Bretanha houve uma concentração dos primeiros povoadores provenientes da Bretanha francesa. O livro Apontamento Histórico e Etnográfico S.Miguel S.Maria faz essa mesma referência:
“Os primeiros povoadores ter-se-iam fixado junto ao mar, desde o João Bom até aos Remédios (…) chamavam os logares do Norte, à referida zona. Só a partir de 1527, se faz referência à denominação de Bretanha”.
No inserto, Arquivo dos Açores, volume XIII da autoria do Padre Herculano de Medeiros, o estudioso refere:
“É nossa convicção que foi precisamente entre 1515 e 1527 que alguns bretões, saídos da sua pátria, por motivos desconhecidos, quiçá, fugidos às perseguições políticas, vieram ali aportar, e se estabeleceram e dando a esse quase deserto rincão da nossa ilha, o nome do seu país”. (…) “De certo que não pode negar a influência de elementos estranhos no povoamento da nossa Bretanha e precisamente na referida época de 1515 a 1527, datas em que desaparece o nome de Capellas para ser substituído pelo de Bretanha”.
Atualmente, a Ajuda da Bretanha constitui uma freguesia e inclui no seu território o lugar das Amoreiras
Foto:
José Maria Penacho de Sousa
“Igreja N. Srª. dos Anjos”
Segundo reza a lenda “os habitantes que construíam a igreja ao puxarem paus da beira – mar e encontraram em cima de um deles uma imagem. Recolheram – na e disseram “Esta é a Senhora que nos ajudou”.
Na altura, “(…) e porque não havia ainda padroeira para a nova igreja que a imagem descoberta do mar chamar-se-ia Nossa Senhora da Ajuda”.
Foto:
Fernando Abreu
“Igreja da Ajuda”
Desde muito cedo, que a “Bretanha se separou religiosamente de Santo António (…) constituindo-se como comunidade religiosa e civil independente (…) ”. A igreja paroquial de Nossa Senhora da Ajuda que ao longo do século XVII, aparece também com o nome de paróquia Nossa Senhora da Natividade. “Numa estatística eclesiástica referente aos anos de 1640 a 1646 esta igreja aparece com o orago de Nossa Senhora da Natividade”.
Ao longo dos anos este templo sofreu alterações mudando o seu aspeto ganhando foros de quase matriz. A construção da igreja remonta ao século XVI. Esta igreja apresenta uma fachada típica do barroco e torre sineira quadrangular.
Foto:
Isidro Vieira
“O Moinho”
O moinho de vento do Pico Vermelho é nos dias de hoje um efetivo ponto de interesse turístico da freguesia, não só pelo destaque e beleza que descreve na paisagem, mas também pela memória cultural que representa para aquela população. Há quem diga que este moinho tem cerca de 200 anos. Era usado para moer grãos de milho, posteriormente transformado em farinha, sendo este ofício executado pelo moleiro.
O livro Apontamento Histórico e Etnográfico S. Miguel e S. Maria, numa breve caracterização sobre a antiga freguesia da Bretanha e no que respeita ao moinho de vento do pico vermelho refere-nos: “Quando havia vento, os moleiros tocavam búzio para anunciar que iam moer”.
Pode-se dizer que este moinho é um recurso local cultural, histórico, arquitetónico e paisagístico.
Foto:
Paulino de Jesus Pavão
“Minha Terra”
Os micaelenses recorriam ao milho das suas terras, não só para consumo, mas também para elaboração de diversos artefactos de carácter doméstico e funcional. Por exemplo, a folha de milho assumiu vários usos e finalidades ao mesmo tempo colmatar necessidades do quotidiano, tais como: aproveitar a folha de milho para preenchimento do interior dos colchões. Os “capachos” (espécie de tapetes pintados) eram usados no interior doméstico rural para decoração. As mulheres nos seus tempos livres juntavam-se e faziam bonecas de folha de milho que eram feitas para as crianças brincarem, ou servia de elemento decorativo nos seus lares. Enquanto os homens usavam a folha de milho para enrolar tabaco e fumar. Alguns destes artefactos fazem parte do artesanato açoriano.
De acordo com alguns testemunhos, o cultivo do milho tinha início em março ou abril e a colheita em setembro ou outubro. Nessa altura havia os serões de milho realizados em família com amigos ou até vizinhos. Estes serões proporcionavam momentos de grande convívio e animação.
A principal atividade económica desta freguesia é a agropecuária como acontece um pouco por todo o arquipélago. Na agricultura, destaca-se o cultivo do inhame, pois os terrenos nesta localidade são propícios ao desenvolvimento deste tipo de cultura, os inhames desenvolvem-se em lugares muito húmidos e elevados em terrenos próximos de ribeiras.
Os inhames da Bretanha ainda são muito apreciados e no passado eram exportados para o Canadá e Estados Unidos da América.
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Junta de Freguesia da Ajuda da Bretanha
Rua da Igreja nº 137, 9545-027 Ponta Delgada
296 917 355
296 917 091
jfajudabretanha@sapo.pt
Grupo Coral da Ajuda
Largo da Igreja nº121
965 216 337
A CONFIMAR
Grupo Coral de N. Sr.ª da Ajuda da Bretanha
Grupo de Idosos
Grupo de Jovens
Restaurante “Águia”
Estrada Regional nº 81, 9545-021 Ponta Delgada
296 917 191
https://www.facebook.com/pg/restaurante.aguia
A CONFIRMAR:
Café do Centro
Café Snack-Bar “Cantinho Radical”
Casa do Ferreira
Estrada Regional nº 36, Lombinha, 9545-021 Ponta Delgada
296 917 288
casadoferreira@gmail.com
http://www.casadoferreira.com
A CONFIRMAR:
Loja Cantina – Rede SPAR
Loja Frescos e Companhia
Salão Paroquial